tratamento dependência química 15

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tratamento dependência química 15

A Dependência Química E O Tratamento De Desintoxicação Hospitalar Na Fala Dos Usuários
que é muito difícil tratar o vício — e que, muitas vezes, essa é uma batalha que a pessoa vai travar pela vida inteira. Enquanto profissional de saúde tive a oportunidade de conhecer a estrutura física da clínica, equipe técnica e demais funcionários durante o acompanhamento de vários empregados da empresa que trabalhei por mais de vinte anos. Na clínica o paciente encontra tratamento com equipe multiprofissional de muita competência técnica, relação humana, instalações adequadas, assistência para o paciente e a família durante e após as internações.

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Percebe-se ainda que o tratamento pode servir como fonte de motivação e auxílio para os indivíduos, uma vez que, segundo eles, encontram ali apoio para que consigam atingir sua meta (largar o vício). A ambivalência com relação à mudança pode envolver o senso de autoeficácia e também o da expectativa de resultados (Marlatt e Witkiewitz, 2009). No modelo transteórico de Prochaska e DiClemente (2005) esses pensamentos poderiam ser do estágio da pré-contemplação, quando há pouca motivação à mudança. Mas, à medida que aumenta a prontidão motivacional, pode ocorrer um aumento na ambivalência, pois o indivíduo está identificando os prós e os contras.

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Porém, a sua presença e palavras de apoio são o suficiente para ajudar nesse processo. O processo não costuma ser simples e requer o apoio contínuo de pessoas queridas, além de muita determinação da parte do dependente. Recaídas são esperadas ao longo do tratamento para a dependência química, por isso, eles não devem se sentir desencorajados por retornar aos velhos hábitos. Por conta disso, muitas pessoas não conseguem deixar seus vícios sem o auxílio de um tratamento para a dependência química.
O clínico geral Bruno Rasmussen Chaves diz que o primeiro uso da ibogaína costuma ser eficaz, sem necessidade de reaplicação. "Mas quem tem quadro muito grave ou não respeitou o protocolo da primeira vez após 30 dias já é possível tomar novamente." Era uma fase em que os focos estavam no trabalho e na vida conjugal, ambos à frente da dependência. "Era como se existisse outro eu dentro de mim me alertando sobre todos os comportamentos, no intuito de me prevenir. A ibogaína te faz repensar a vida toda. É como se fizesse 15 anos de terapia em 12 horas", afirma André. A experiência é descrita como um "sonhar acordado", ou onirofrenia no termo científico. Cada pessoa descreve de uma forma, mas é comum retornar a momentos marcantes da vida, como telespectador da situação.
clinica de recuperação
Assim, é importante que o tratamento do dependente químico envolva a família, uma vez que o sujeito pode estar representando um sintoma do sistema familiar  (Tissot, 2006). Essa ideia é complementada por Orth e Moré (2008, p. 296), ao afirmarem que "dificilmente é possível sustentar a melhora de um paciente sem que atuemos em seu meio familiar". A desintoxicação é a fase inicial de todos os tipos de tratamento para dependentes químicos. Considerando a relação entre depressão e uso de drogas, as terapias combinadas são focadas na reversão dos prejuízos fisiológicos e na redução dos sintomas da abstinência que podem gerar tais complicações. Dada a complexidade que envolve o uso de drogas, há, atualmente, diversos tipos de tratamento para dependentes químicos. A superação da dependência química exige a combinação de diferentes intervenções para que a terapia seja direcionada conforme o perfil e a necessidade de cada indivíduo.


A pesquisa foi realizada com 12 usuários de drogas diagnosticados como dependentes químicos que estavam internados no hospital geral de uma cidade do sul do Brasil para realização da desintoxicação, sendo que dez eram homens e duas eram mulheres. Durante o período de oito semanas, os pacientes internados com funções cognitivas preservadas, segundo avaliação da equipe, eram convidados a participar do estudo. Segundo Orth e Moré (2008), a família é o primeiro sistema a ser afetado pela drogadição, provocando consequências na saúde de seus membros, bem como fragilizando as suas relações. Por outro lado, de acordo com Guimarães et al. (2009), o uso de drogas, sobretudo por adolescentes, pode indicar falta de apoio ou orientação por parte da família. Outros autores acreditam que a forma de funcionamento da família  pode ser protetiva ou de risco para desenvolvimento de dependência química entre seus membros (Mckay et al., 1991).


química, além de doença, também é caracterizada como um tipo de transtorno mental. Isso porque o uso excessivo e descontrolado de drogas acaba por alterar a percepção do dependente químico, que muitas vezes não tem consciência da sua situação. Nas fazendas de recuperação, os dependentes químicos tanto trabalham como realizam atividades domésticas, diferentemente do que ocorre nos hospitais, onde passam a maior parte do tempo sem ocupações, por falta de projetos terapêuticos.